A trajetória política de Teotônio Vilela Filho começou nas eleições de 1986. Apoiado no legado do seu pai, o Velho Teotônio (o Menestrel das Alagoas), Téo foi eleito senador da República com 298.185 votos (27,53%). Ao longo da sua carreira política Vilela perdeu apenas uma eleição, quando disputou as eleições de 1992 para prefeito de Maceió em que o mesmo ficou em terceiro lugar.

     Téo Vilela ao longo de tantas disputas eleitorais firmou uma duradoura aliança com o senador Renan Calheiros, em que ficaram conhecidos como “irmãos siameses”. Foram eleitos senadores em 1994 - Téo com 331.452 votos (33,74%) e Renan com 235.332 votos (23,96%); tendo sido reeleitos em 2002 - Renan com 815.136 votos (42,27%) e Téo com 762.675 votos (39.55%). Nas eleições de 2006 Vilela foi candidato ao governo do Estado e o médico José Wanderley foi indicado por Renan para ser o vice. Téo foi eleito no primeiro turno com 733.405 votos (55,85%), tendo João Lyra ficado em segundo lugar com 400.678 votos (30,51%). A eleição de 2006 para o governo do Estado de Alagoas foi uma das mais questionadas ao longo da história no quesito “resultado”.

     Nas eleições de 2010 os “irmãos siameses” fizeram caminhos diferentes; Téo Vilela foi candidato à reeleição ao governo fazendo uma dobradinha com Biu de Lira para o senado; enquanto que Renan Calheiros foi candidato à reeleição para o senado apoiando Ronaldo Lessa ao governo. Apesar de ter a máquina do Estado a seu favor e uma estrutura rica de campanha, Vilela venceu as eleições de Ronaldo no segundo turno, por apenas 5,48%.

     A aliança vitoriosa entre o governador Teotônio Vilela Filho e o senador Benedito de Lira, nas eleições de 2010, não se repetiu nas eleições de 2014. Todo o grupo da base do governador imaginava que nas eleições  de 2014 haveria uma inversão na chapa em que o candidato para o governo do Estado seria o senador Benedito e para o senado o governador Vilela, porém o governador não apoiou a pretensão do senador Biu em ser candidato ao governo, como também não saiu candidato nas eleições de 2014. Essa posição tomada pelo governador causou um grande impacto no meio político e esfacelou a base de apoio ao seu governo. Aquela decisão do governador também facilitou  a vitória de Renan Filho para o governo ainda no primeiro turno.

     Nas eleições de 2018 Téo Vilela ainda tinha capital político para disputar um cargo majoritário. As pesquisas apontavam Téo como forte candidato ao senado, porém como aconteceu nas eleições de 2014, Vilela ensaiou uma candidatura ao senado e ao longo do caminho desistiu.

     Já se passaram quase nove anos que Téo Vilela disputou um pleito. Ao longo desses anos Téo foi se distanciando do meio político e foi perdendo o contato com o seu eleitor. A caminhada política de Vilela parece que chegou ao fim. Como se diz na linguagem do futebol, ele “pendurou a chuteira”.