Lúcia me conta com palavras extensas, repletas de histórias, que era uma dia normal e estava varrendo a casa, quando teve um mal estar.
"-Parecia que o coração ia sair pela boca. Me faltava ar, sufoquei. Vou morrer- pensei. E e angústia aumentou mais, quando ouvi os batimentos do meu coração: 140,por minuto. Cheguei ao desespero extremo. Minha filha veio e me acudiu. Fomos para o HGE e eu não conseguia controlar meu corpo. Que convulsionava."
Depois de muitos exames o médico deu o diagnóstico: Depressão severa. Lúcia teve um surto psicótico
E a enfermeira fala: -"Eu, me neguei a aceitar. Não tenho problemas que me levem à depressão".
Relutou, mas, como o quadro era grave foi levada ao Hospital Ramalho. Lá foi ouvida por médicos especializados e iniciou a medicação quimica.
O remédio demorou para fazer efeito. Foram três meses de sofrimento, mas, hoje tudo está sob controle.
E Lucia, ainda afirm:- "A gente vai guardando as dores,escondendo lá no fundo , fazendo-se de forte e um dia explode. A minha explodiu e isso dói e machuca, mas, é importante porque abre caminho para a busca da cura, o controle do sofrimento psíquico.A gente precisa cuidar da gente"- sempre. arremata, Lúcia, a enfermeira.
Precisamos falar sobre saúde mental!