A história da Família Falcão na política alagoana inicia-se a partir de 1950 com a eleição para Deputado Federal do seu principal líder Sebastião Marinho Muniz Falcão (PST), com a votação de 3.894 votos.

 

Na eleição de 1955, Muniz (PSP) foi eleito governador de Alagoas com uma votação de 53.085 votos (51,66%), derrotando Afrânio Lages (UDN), quando obteve 49.669 votos (48,34%) em uma das eleições mais acirradas em Alagoas. Durante o seu governo sofreu um processo de Impeachment, contudo, o Supremo Tribunal Federal considerou-o ilegal, sendo depois anistiado do processo de impedimento por uma comissão de Deputados e Desembargadores.

 

Na eleição de 1962, Muniz Falcão (PSP) foi eleito Deputado Federal com uma votação de 15.339 votos, sendo o segundo colocado no pleito.

 

Em 1965 disputou mais uma vez o Governo do Estado,  onde  foi o mais votado entre os cinco postulantes, porém a sua vitória foi esbarrada na Emenda Constitucional nº 13, promulgada em 8 de abril de 1965, que exigia a maioria absoluta de votos para a homologação do resultado e caberia à Assembleia Legislativa resolver o impasse; contudo, por vinte votos contrários ele foi derrotado. A partir de então, o Estado de Alagoas passou a ser governado por um interventor federal, General João Tubino até o momento em que os deputados estaduais escolhessem o novo Governador, conforme previa o Ato Institucional nº3 que legitimou a eleição indireta de Lamenha Filho para governar o Estado e cuja posse aconteceu em 15 de agosto de 1966.

 

Djalma Falcão, irmão de Muniz Falcão, exerceu duas vezes o cargo de Deputado Federal (1967/1971) e (1983/1985).

 

Em 1985, depois da redemocratização do país, onde a população voltou a votar para Prefeito das capitais, Djalma (PMDB) foi eleito Prefeito de Maceió com uma votação de 56.174 votos (41,40%).

 

No pleito de 1994, Djalma Falcão (PMDB) foi o primeiro suplente para o Senado da República na chapa de Renan Calheiros (PMDB) e assumiu o Senado no período de 1998 a 1999 quando Renan tomou posse como Ministro da Justiça no governo de FHC.

 

Alcides Falcão, outro irmão de Muniz, foi eleito Vereador de Maceió na eleição de 1958 e reeleito em 1962. Ele também foi Deputado Estadual por seis mandatos consecutivos e na eleição de 1990 foi candidato a suplente de Senador na chapa encabeçada por Guilherme Palmeira, assumindo o mandato de Senador temporariamente de junho a outubro de 1998.

 

Pedro Marinho Muniz Falcão, irmão de Muniz, era popularmente conhecido como Camucé, o qual conquistou vários mandatos de vereador por Maceió.  Na eleição de 1982 foi o vereador mais votado de Maceió, obtendo 6.120 votos.

 

Na eleição de 1974, Camucé foi candidato ao Senado pelo MDB com 95.213 votos, ficando em segundo lugar. O eleito foi Teotônio Vilela (Arena), com uma votação de 140.989 votos.

 

Cleto Falcão, sobrinho de Muniz Falcão, foi eleito Deputado Estadual na eleição de 1986 pelo PMDB, com uma votação de 8.335 votos.   No pleito de 1990, Cleto foi eleito Deputado Federal pelo PRN com uma votação de 38.125 votos.

 

A Família Falcão fez história em Alagoas na luta em defesa das grandes questões de interesse social. Sempre lutou  na defesa dos grandes temas, inclusive participando ativamente dos movimentos político-sociais como a  redemocratização do país, a  campanha a favor  da anistia, a busca pela  liberdade de expressão e tantos outros, sendo a única família em que seus membros ocuparam  todos os cargos eletivos ao longo do tempo.