O menino se matou. Tinha 16 anos.
O menino foi enterrado em um domingo de viúva, em Maceió, capital das Alagoas.
Fazia sol e chovia, casamento da viúva.
A família do menino, na aflição da dor, não entende o que ocorreu.
A irmã, amiga de confidências , carrega em si o luto intenso da culpa, cheio de 'por quês'
estigmatizados .
A menina se culpa por não ter lido as dores na alma do menino.
Seu irmão.
O menino,nascido, em uma família amorosa, se matou e foi enterrado em um domingo.
O suicídio em Alagoas é uma epidemia silenciosa e ignorada.
A família silencia,pois o tabu social é extremammente pernicioso.
Parentes e pessoas próximas de suicidas têm risco até dez vezes maior do que o restante da população de, eles próprios, tentarem tirar a própria vida.
E o estado de Alagoas se espreguiça no fazer de contas que sua população tutelada não está sob risco.
Suicidio é problema de Saúde Pública, ou seja, precisamos da criação de uma política de estado de prevenção ao suicídio e auto-mutilação, como também a preservação da vida d@s sobreviventes.A ação emergencial pode acontecer a partir de uma campanha educativa é ação urgente. Campanhas que tragam mensagens de que sempre pode haver uma saída alternativa, que não há vergonha em consultar os profissionais que nos ajudam nas crises emocionais.
Suicidio é problema de saúde pública , ou, seja precisamos conversar sobre suicidio secretário,Alexandre Ayres.
O menino aos 16 anos foi enterrado em um domingo de viúva. Fazia sol e chovia.
Quantas mortes ainda virão par que o estado tome iniciativas?
Quantas?