Para tentarmos responder a esta indagação temos que fazer uma pequena análise das últimas eleições em Alagoas.

Na eleição de 2006, Ronaldo Lessa passou toda a campanha sub judice, situação essa que foi determinante para sua derrota, já que durante toda a campanha, seus adversários geraram movimentos direcionados a afirmar a ideia de que os votos a ele direcionados seriam nulos. Apesar de todos os artifícios usados para derrotá-lo, ele perdeu a eleição para Fernando Collor com uma pequena diferença de 3,96%.

Na campanha de 2010, Ronaldo Lessa foi candidato ao governo sob a promessa de ter uma campanha com muitos recursos e da participação ativa da candidata a Presidenta Dilma e do Presidente Lula. As promessas não foram concretizadas e a campanha prosseguiu com mínimos recursos, enquanto que seu adversário Teotônio Vilela Filho fez uma campanha milionária e ainda teve a seu favor a máquina do Estado (Campanha do milhão contra o tostão). Apesar de todas as adversidades, Ronaldo perdeu aquela eleição com uma diferença de apenas 5,48%.

Na eleição de 2012, Lessa, mais uma vez, passou a eleição inteira sub judice, e faltando exatamente três dias para a eleição, o registro de sua candidatura foi negado por unanimidade no pleno do Tribunal Superior Eleitoral, consequentemente levando seu então adversário principal, Rui Palmeira, a ganhar a eleição praticamente sem disputa.

Na eleição de 2014, depois de tantos baques sofridos em eleições passadas, ele decidiu não alçar voos mais altos e resolveu ser candidato a Deputado Federal. Apesar de ter sido uma campanha com poucos recursos, ele foi eleito em 5º lugar, com uma votação de 88.125 votos.

Na eleição de 2018, as pesquisas apontavam Ronaldo Lessa como um dos mais fortes candidatos ao Senado da República, contudo, o mesmo não fez a leitura do momento político, não teve a ousadia de outrora, e deixou passar uma grande oportunidade de ser Senador por Alagoas; foi candidato a reeleição para Deputado Federal e cometeu um equívoco na aliança que fez, amargando assim uma derrota que o deixou na 1ª suplência para Deputado Federal, com 55.474 votos.

Para que Ronaldo Lessa continue vivo na política alagoana, é necessário oxigenar o seu partido (PDT), com a renovação dos quadros, estar em sintonia e utilizar-se das novas ferramentas de mídias sociais e repensar a política de alianças.