Em postagem feita pelo blog no dia 05/06 ,o médico alagoano Elias Bonifácio questionava o posicionamento do senador Rodrigo Cunha em relação o voto "sim" para a Medida Provisória (MP) 871/2019, que tem como objetivo alegado coibir supostas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas, dificulta na prática o acesso a benefícios.

E Na tarde de hoje,Juliana da equipe de comunicação do Senador Rodrigo Cunha,entrou em contato com o blog que ciente da necessidade da escuta  dos dois lados da questão, posta a resposta do Senador.
Ei-la:

 "Caro Elias Bonifácio, devemos estar sempre vigilantes para que temas importantes não sejam analisados sem seu devido aprofundamento, evitando apego a paradigmas ideológicos que levam a uma discussão política improdutiva, pois nos engessa no momento de decisões que devem levar em consideração diversas variáveis. 
Remontam há décadas as ocorrências e notícias sobre esquemas fraudulentos envolvendo benefícios do INSS.  Contudo, nessa discussão não perdi de vista que o instituto da previdência nasceu da percepção da necessidade de que houvesse um aporte para socorrer as pessoas nos momentos em que estavam mais vulneráveis. Os altos números de judicialização (que causa grandes impactos operacionais e financeiros) demonstram que a preocupação com o bom funcionamento do serviço público oferecido pelo INSS não esteve em pauta.
Diante do sucateamento do quadro funcional do poder público, é legítimo o pagamento de bonificação aos servidores para fazer frente ao volume de milhões de processos com indícios de fraude. Segundo o texto da medida provisória, são quase 1 milhão de processos. Mas juntamente com a medida, na minha concepção, era essencial que se resguardasse que o bônus não fosse pago com vinculação a corte dos benefícios, visando a que haja maior integridade na análise dos processos e que se garanta que as pessoas que merecidamente recebam seus benefícios não sejam injustamente prejudicadas. Por esse motivo, monitorei a Medida Provisória de modo que, no texto final, a bonificação fica vinculada ao número de processos avaliados pelo servidor e não ao número de benefícios cortados.
Considero o combate a fraudes, em qualquer hipótese, não só a previdenciária, algo a ser estimulado. Assim, poderemos garantir que o dinheiro público e, consequentemente, as políticas públicas, atinjam a quem realmente deva atingir. Isso simplesmente é efetivação da justiça.
No mais, lhe convido a conhecer e acompanhar mais o meu trabalho, inclusive a mandar suas sugestões que sempre serão muito bem-vindas. No fim, precisamos reconhecer que buscamos – cada um com seu ponto de vista – um Estado melhor para os alagoanos, principalmente aqueles que mais precisam. Buscar a convergência é que nos fará caminhar para dias melhores. Grande abraço."
Rodrigo Cunha