Teve a menina preta poética que espalhou poesia-revolução na sala da sede da AMAR e despertou emoções.
Teve a preta que falou o quanto foi difícil assumir o cargo de chefia, mesmo sendo grande conhecedora da alma da empresa e, daí alguém questionou na diretoria: Será que é por causa da cor dela? Eureka, descobriram a pólvora. Ocupou a chefia, mas, houve resistência:- "Eu não aceito ser chefiada por uma negra", disse a servidora branca. Houve até boicote geral. E ela subiu no salto, convocou uma reunião e jogou o verbo: 'Agora aqui quem comanda sou eu, quem não estiver do meu lado por favor peça para sair.'
Resolveu.
Teve a moça que a avó foi empregada doméstica, a mãe foi empregada doméstica e diante das experiências resolveu mudar seu destino. Fez universidade e hoje é professora.
Teve a Sophia, a falante menina, de 11 anos que afirmou não saber porque as pessoas são tão más e praticam o racismo. Relembrou uma experiência que teve na piscina do prédio: "uma menina falou que não brincaria comigo porque sou negra."
Tem a preta que falou dos ensinamentos da mãe: "Já somos negras e precismos andar bem arrumadas. Cuidado com essa "cinza" nas pernas "-alardeava.
Teve a preta do Morro do Alemão que falou de impotência,mortes,medo,mortes,crianças, mortes e finalmente do sopro de vida: criação de uma escola panafricanista.
Teve narrativas de psicólogas,pedagogas, professoras, estudantes universitárias, militantes,ativistas falando em Re(existir) como reinvenção de novos caminhos do existir,vozes de resistências coletivas ,e da manuntenção das li
Teve mulheres pretas do Rio de Janeiro reinterpretando e ressignificando as opressões cotidianas na Roda de Conversa Re(existir) , acontecida no 04 de maio, 15 horas, na Rua da Lapa, 180/304-Rio de Janeiro, idealizada pelo Instituto Raízes de Áfricas(Alagoas) , com apoio da Associação de Mulheres de Ação e Reação ( Rio de Janeiro.
Teve mulheres pretas do Rio.
Gratidão!