Ele tinha 21 anos e se matou. Mais um jovem. Menos uma vida.
A incidência de mortes auto-provocadas em Alagoas atinge números alarmantes, mas, ainda não temos estratégias importantes de prevenção e de cuidados para os sobreviventes.
Vale reafirmar que suicídio é uma questão de saúde pública.
“O desejo de se matar precisa deixar de ser tabu para ser sintoma de um sofrimento psíquico que, aliviado, impede o suicídio”, afirma o psiquiatra Mauro Aranha.
É preciso estabelecer o diálogo e a transparência sociais, como ferramentas para prevenção.
Precisamos quebrar os tabus que foram, secularmente, criados, em torno da questão, por convenções sociais, religiosas e culturais.
“Perguntar sobre o desejo de morrer não é indutor de suicídio. Muito pelo contrário, pois quando você dá oportunidade para a pessoa falar, ela conta com uma referência de acolhimento e auxílio que não tinha antes”, conclui o Dr.Mauro Aranha.
Quebrar os tabus sobre o suicidio pode significar o resgate de vidas.
Ele tinha 21 anos e se matou hoje em Maceió.
Mais um. Mais um.Mais um.
Até quando?
Precisamos, podemos e devemos falar sobre suicidio.
Suicídio é uma questão de saúde pública.