Ele é um homem preto que  foi socializado nas ruas.
E as ruas  vastas de segredos e descobertas não tem letras na escola, nem o alfabeto soletrado na língua da professora, o homem das ruas se fez  analfabeto.
O homem preso nas ruas do mundo não sabe ler,mas, reinterpreta, como ninguém,  o mundo em  seu entorno.
O homem morador das ruas  afirma que vida do povo miserável, não é vida. É uma espécie de desafio com o tempo. Cada um puxa a corda de um lado, até  faltar forças para um dos lados e a consequente desistência.
Era manhã chuvisquenta, a garoa que caia, mansa e vagarosa molhava, não só a roupa do homem , mas, também lavava com água corrente sua alma.
Era uma manhã chuvisquenta e sem a leitura nos olhos e com um sono danado de importuno, ele deitou-se , ali mesmo, sob o Baobá na calçada,sem, nem ao menos, saber ler ele prestou atenção na placa, onde estava escrito: não pise na grama.
E dormiu o sono dos justos.