“Fui vítima de uma grande armação de políticos que não querem o bem do nosso estado, de pessoas canalhas, que só querem o mal, que se acovardam, não enfrentam a tribuna e de forma rasteira, praticando a política imunda, usam de certos artifícios para tentar prejudicar o trabalho do outro”. O desabafo foi feito pelo vereador Chico Filho (Progressistas), durante a sessão desta quarta-feira (3), na Câmara Municipal de Maceió.

O parlamentar se referiu ao vídeo editado que circulou nas redes sociais, com um trecho da participação dele na audiência pública do Pinheiro, realizada no dia 21 de março, em Brasília. A fala, fora de contexto, induzia o internauta a acreditar que o vereador estaria mais preocupado com os prejuízos econômicos que uma suposta saída da Braskem traria a Alagoas.

Em aparte ao pronunciamento de Francisco Sales (PPL), Chico deu a entender que, em algum momento, o nome do colega foi ventilado na história.  “Eu liguei para o senhor lá de São Paulo... para dizer que eu não desconfiava do senhor, que eu acreditava no senhor, mas a verdade virá à tona, doa a quem doer... Vamos descobrir quem está por trás disso, assim como o Ministério Público descobriu quem estava por trás daquelas fake news que tocavam o terror na comunidade do Pinheiro”.

Em outro ponto da fala, prosseguiu: “Eu espero que não tenha envolvimento de pessoas próximas a mim, de colegas vereadores, de colegas deputados estaduais, pessoas ligadas ao governo... Espero que tenha sido apenas um maloqueiro, porque a gente vai encontrar quem foi”.

Frisando que ninguém está acima da lei, o vereador lembrou que em nenhum momento fez defesa da empresa, mas sim defesa de vidas: “A Braskem tem que ser responsabilizada pelos danos causados, doa a quem doer. E esse sempre foi, é e será nosso posicionamento”.

Ao fim do aparte, Sales disse ter ficado muito triste só de Chico Filho ter pensado que a distribuição do vídeo nas redes sociais possa ter sido algo direcionado, feito por um colega: “Eu não acredito, sinceramente, como um colega de parlamento teria um comportamento tão baixo, de fazer algo tão mesquinho, injusto e tão pobre... É a mesma coisa de dar um murro nas costas... Nunca dei um murro nas costas... Não acredito que foi direção política, mas se o senhor acha isso, vá adiante, vá à PF, ao MP... para apurar e punir quem fez isso”.