Seu nome é Allana tem 17 anos, feitos em janeiro, e foi bem cedo, na infância, que a meninazinha sentiu o estranhamento alheio pela cor que carregava na pele. Era uma menina preta em territórios de aridez humana.
O racismo, socialmente, internalizado, principalmente nos bancos das escolas brasileiras não intimidou a paraense, de Belém do Pará. Do alto dos seus seis anos se fez gigante, e resolveu fazer o enfrentamento desafiando o problema. Ajeitou as palavras no papel e, daí, surgiu o conto que deu o nome de “O drama de Nicole”, e falava da experiência de uma criança preta que superou o racismo na escola.
Allana tem a consciência que pelo fato de ser preta, as coisas são mais difíceis- diz a tia Anne, mas, tem muita disposição de ir atrás dos seus sonhos.
É filha da Nete, neta da Paixão, sobrinha da Anne,Adriana, irmã da Hennara, e etc e tal. Sua vida é cercada por uma mundo de mulheres. A mãe é sua referência de determinação e caminhos.
A menina aprendeu, desde cedo, a importância de redescobrir, diariamente, lugares e trilhas para substanciar os tantos e muitos desafios.
Paraense, preta, periférica e toda carregada de formosura, Allana Carla, que nutre uma relação intima com a palavra, aos 17 anos é a mais nova mascote da turma, e começa a escrever sua história, na Universidade do Estado do Pará.
Afinal, universitária do Curso de Letras.
Parabéns, menina Allana Carla!