O deputado estadual Davi Maia (DEM) trabalha, juntamente com seu gabinete, em uma lista de órgãos que poderiam ser privatizados em Alagoas. Ele contou ao Blog que o levantamento ainda está sendo realizado, mas adiantou alguns nomes que estão sendo estudados: Casal, Ideral/Ceasa, Imprensa Oficial, Algás, Centro de Convenções, Desenvolve, Alagoas Ativo, Ipaseal, estádio Rei Pelé e Lifal.

“Nós estamos, no meu gabinete, nos dedicando a fazer um pente fino nessa questão. Tem órgãos que ainda estamos estudando, a Desenvolve, por exemplo, é melhor que seja privada ou continue estatal? Qual é o custo que isso gera para o poder público? quantos cargos comissionados temos?”, questionou.

Em relação a outros órgãos, foi enfático: “Eu posso dizer o seguinte, que não tem pra quê o Estado ter uma gráfica oficial. Não tem pra quê o Estado ser dono do Ceasa, nem do Centro de Convenções ou ter um laboratório. São todos órgãos que, no meu entender, como liberal que sou, funcionam apenas como cabide de emprego e prestam um péssimo serviço... O que é  mais barato hoje? Comprar um cartão na rede privada ou fazer na Cepal? Quem procura a Cepal? Para que serve? Qual o motivo do Centro de Convenções ser estatal? São questionamentos como esse que estamos fazendo e nos debruçando”.

O parlamentar prosseguiu comentando que tem pastas que ninguém sabe para que servem. “O próprio Ipaseal, que tem um valor de mercado muito grande, hoje as pessoas estão sendo prejudicadas porque o plano não está sendo recebido nas clínicas, sem contar que o preço aumentou sem avisar aos clientes”, completou.

O deputado contou que várias informações acerca dos órgãos avaliados estão disponíveis no Portal da Transparência e outras estão sendo solicitadas, especialmente a Casal que, segundo ele, é uma “caixa preta” que precisa ser aberta: “Tem um prejuízo que a Casal gera todos os meses e é sentido no serviço prestado. Estamos nos debruçando em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, que mostra as bases de dados e abastecimento da água e do tratamento de esgoto pelo Instituto Trata Brasil e também pelo estudo do BNDES”.

Em relação ao Serveal e Carph, cujas extinções foram anunciadas este mês, Maia disse que apoia o governo no objetivo, mas não na forma como os processos foram conduzidos, “colocando os servidores para foram, sem pagar os direitos trabalhistas e sem dizer a ninguém”.

A ideia é que, após concluído, o levantamento seja divulgado e entregue pficialmente ao governo do Estado .