“Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados”- afirmava a educadora, líder e renomada militante das lutas antirracistas e principalmente do respeito à liberdade religiosa,Valdina de Oliveira Pinto, a Makota Valdina.

Foi com D. Neca, a mãe, uma líder comunitária, que a menina teve a primeira referência do fazer política, e  a referência materna levou-a a ser referendada como conselheira ‘mor’ da Cidade de Salvador.

No bairro Engenho Velho Makota nasceu e desenvolveu inúmeras ações educacionais para agregar seu povo.

Makota Valdina  foi porta-voz das religiões de matriz africana. Era filha do terreiro Angola Tanusi Junsara, localizado no Engenho Velho da Federação, em Salvador,Bahia.

Militante se fez sujeito da sua própria história.

Dizia: “Eu não quero que me tolerem, eu quero que me respeitem o direito de ter minha crença"

Era uma pensadora preta, ícone da luta pelas políticas públicas para população negra.

Uma visonária adiante do seu tempo.A vida de Makota Valdina trouxe novos significados e sentidos para os espaços reservados do sagrado. Para o Candomblé. E na passagem para o Orun, Makota Valdina, deixa suas marcas ancestrais como um grande legado da história de resistência.

Makota continua viva!