A menina Renata Vitória tem 17 anos e é ex-aluna da escola SESI/SENAI. Foi aprovada na Faculdade de Direito, na Universidade Federal de Alagoas. Fez 860 pontos na redação.

A menina  conta que nem ela mesma acreditava que passaria assim, de primeira. E diz: "Não acreditei, achei que só seria possível, talvez, na lista de espera, até porque não me achava pronta em relação aos demais colégios como Contato e Coc, para 26 vagas. Achei que não seria possível, mas,consegui.”

Eu sou  filha de Maria Malta e José Renato, uma gente bem simples, moradora do bairro do Bom Parto e acreditava que cursar Direito não era uma coisa pra mim, uma menina preta, cabelos crespos e moradora da periferia. Talvez, eu tenha concebido o auto boicote, internalizando conceitos de uma sociedade racista."

Mesmo morando em um lugar da periferia, o amor e apoio que meus pais me deram transcenderam todas as dificuldades. Meus pais nunca me permitiram em nenhum momento  cultivar a desesperança.

O nome dela é Vitória e como adolescente curiosa, esmiuçou  caminhos de crescimento e conheceu a militância: “Participei do Conselho de Direitos, na capital Maceió,em Alagoas, como representante dos adolescentes e mudei conceitos e percepções. Nas conferências e caravanas que participei aprendi meu lugar de fala,  como cidadã,  e o quanto as pessoas que não conhecem os seus direitos podem ser lesadas, enganadas, e por isso vi no Direito uma oportunidade para amenizar isso."

A menina Vitória tem sonhos  e faz planos que abarca um coletivo: "O  que eu mais quero é que jovens como eu, principalmente, pret@s, acreditem que SIM, nós podemos chegar lá. Assim como o Ex- Presidente do STF Joaquim Barbosa chegou."

O nome dela  nome é Vitória é preta, linda, valente, tem fé em Deus  e diz que vai se tornar uma juíza, porque  quer proporcionar melhorias efetivas aos grupos marginalizados, que não recebem ainda a importância que merecem.

O nomé dessa menina preta é Vitória.

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