Em abril de 2017, diante de uma platéia formada por mais de 300 pessoas, no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, o então deputado Jair Messias, em um tom racista e jocoso descreveu uma visita que fez a uma comunidade quilombola, “O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, como também que “quilombolas não servem nem para procriar.
O parlamentar já fazia a incitação ao ódio contra indígenas, refugiados, mulheres, LGBTs e pret@s, utilizando expressões de cunho discriminatório, para atingir grupos, socialmente, vulnerabilizados.
Logo após a declaração, a Fundação Cultural Palmares emitiu uma nota de repúdio contra a declaração estapafúrdia.
Instituída pela Lei Federal nº 7.668, de 22 de agosto de 1988, a FCP foi criada pelo Ministério da Cultura,com o objetivo de contrapor à hegemonia do discurso eurocêntrico no país e a ampliação da democracia nas relações interétnicas no Brasil.
Em 2018 a procuradora-geral da República, Raquel Dodge , denunciou ao STF,o deputado Jair Messias, por crime de racismo.
O tempo passou Jair Messias se tornou presidente e a Fundação Cultural Palmares deu marcha ré em suas posições ideológicas, e de repente, não mais que de repente, a nota de repúdio em defesa da missão que se propõe o orgão, foi defenestrado do site da Palmares, agora vinculada ao Ministério da Cidadania.
O que é mais interessante nessa história toda, é que o atual presidente está usando toda sua artilharia para permanecer onde está, ou seja, a frente da presidência da FCP.
E para isso está valendo qualquer coisa, até bater continência para o racismo de Jair Messias.
E daí?