O espetáculo protagonizado na eleição do novo presidente do Senado ainda repercute. Além da avaliação ter sido negativa, a atitude dos senadores deixou a equipe do ministro da Economia assustada.

A preocupação dos senadores, especialmente dos novos, em interagir através das redes sociais fez o time de assessores de Paulo Guedes temer vacilo da base aliada diante do desafio de votar pautas impopulares, caso, por exemplo, da reforma da Previdência.

É que os novos senadores deram vida – ao que parece de forma definitiva - ao Tribunal das Redes Sociais. Esse novo espaço de poder surge com o objetivo de estar acima de tudo e de todos por considerar sua decisão majoritária soberana e imperial. Uma perigosa idiotice, mas que é real.

Imaginemos que durante a votação da Previdência alguns senadores estarão conectados com seguidores no WhatsApp para decidirem como vão votar. E essa é a tendência, semelhante ao movimento que derrotou Renan Calheiros na disputa pela presidência do Senado.

E por falar no senador do MDB, adversários do alagoano querem impor voto aberto na escolha de dirigentes de comissões. O objetivo é impedir que Renan comande uma comissão importante como a de Constituição e Justiça.

E dessa vez os simpatizantes do Tribunal das Redes Sociais estão coletando assinaturas para dar urgência ao texto do projeto do senador Lasier Martins (PSD-RS).

Provavelmente os membros das redes sociais serão consultados sobre esse projeto. Tudo indica que a política caminha para fazer de Renan alvo do célere Tribunal das Redes Sociais.