Natália Portinari é jornalista da revista Época e uma das suas reportagens destaca a visita que fez a tribo Kamayurá,no Xingu, lugar de pertencimento de Kayutiti Lulu Kamayurá.
Kayutiti Lulu Kamayurá tem 20 anos , e foi levada há 15 anos, de uma aldeia no Xingu,por Damares Alves, agora ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos.
Uma indígena da tribo afirma que Lulu foi vitima de um suposto seqüestro.
E a autora é Damares Alves.
Damares diz que pegou a indiazinha para criar, porque ela seria enterrada viva, mas, segundo os indígenas isso acontece só com bebês. A indiazinha já tinha seis anos quando foi levada.
Uma das pessoas ouvidas pelos repórteres Natália Portinari e Vinícius Sassine é Tanumakaru, uma senhora octogenária e cega de um olho, avó da menina e quem a criou até mais ou menos seis anos. Falando em tupi, ela contou que Lulu nasceu frágil e com inúmeros problemas de saúde.
Era menininha ainda quando Márcia Suzuki, braço direito da hoje ministra, se ofereceu para levá-la a um tratamento dentário. “Chorei e Lulu estava chorando”, conta a avó. “Disse que ia mandar de volta. Cadê?” Damares conta que salvou a menina de ser sacrificada. Segundo os índios, ela foi levada na marra.
E Natália, a jornalista acrescenta:
“A lei exige que a adoção de crianças indígenas passe pela Justiça, com aval do MPF e da Funai. Perguntamos a Damares se havia alguma decisão judicial desse tipo. Ela não apresentou. Perguntamos se Lulu sofria risco de vida, como alega a ministra. Ela não informou”.
Terá sido seqüestro?
Aguardemos o desenrolar dessa história...
https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/revista-%C3%A9pocada-globo-acusa-damares-alves-de-sequestro-infantil/ar-BBSZt4y