Ela, uma mulher seduzida pelo álcool e pela rua pôs as roupas sob o sol escaldante, para secar.
As roupas doadas exalavam o suor de corpos alheios,ou quem sabe, das sujeiras armazenadas pelo tempo de estarem entulhadas.
Ela pôs as roupas ao sol e as cores salteadas desenhavam arco-íris e retalhos de abandono.
Ela pôs as roupas ao sol e foi caminhar pelo mundo, levando sua triste figura e palavras inquietas que desandavam ideias salteadas, por caminhos tortuosos.
Em um mundo próprio arrasta, diariamente, a falta de juízo e sua insanidade mental.
-Olha a doida! Grita alguém.
Como as roupas ela ,também, vive expondo seu abandono mundo a fora.
Quem a percebe?