Norma Padgett, adolescente branca então com 17 anos, acusou, sem nenhuma evidência do crime, quatro  jovens pretos de tê-la estuprado.

 Charles Greenlee (16 anos), Walter Irvin, Samuel Shepherd (veteranos do Exército )e Ernest Thomas eram seus nomes.

O tempo todo eles juraram inocência, mesmo assim poucos dias depois da denúncia, três deles foram presos.

Passaram por todas as formas de abusos. Um deles, Ernest Thomas, foi assassinado, com 400 tiros,  por um grupo liderado pelo xerife local.

Eram pretos.

A adolescente branca de 17 anos, acusou, erroneamente, quatro  homens pretos de estupro.

O adolescente Charles Greenlee foi condenado à prisão perpétua. Shepherd e Irvin tiveram a morte como sentença, mas a Suprema Corte dos EUA revogou suas condenações e ordenou um novo julgamento. Antes que isso pudesse acontecer, o xerife local atirou nos dois. Shepherd morreu no local, mas Irvin — que se fingiu de morto — sobreviveu e também acabou condenado à prisão perpétua.

Eles eram inocentes, mas, sofreram toda uma série de abusos e agora,, depois de 70 anos o  Conselho de Clemência da Flórida, composto, entre outros, pelo governador e pelo procurador-geral do estado reconhece a inocência dos quatro homens.

Mas, eles já  estão mortos  e não podem mais ouvir.

Eram pretos.

O caso "Groveland Four" inspirou um livro vencedor do Pulitzer (em 2013) e foi considerado por décadas uma das mais graves injustiças racial da Flórida.

Injustiça racial histórica.

O racismo é uma arma letal.

 Nos mata em todo canto.

 O tempo todo.