O menino tinha 15 para 16 anos estudava em uma escola da rede estadual  da parte alta da capital Maceió,AL e, mesmo vivo,  morria todos os dias, açoitado pelas chibatas violentas do racismo e da homofobia.

"Além de preto, ainda viado"- vociferava a sociedade que o impelia para uma tristeza profunda, para as doenças da alma.

A mãe (sempre ela) protegia o filho como podia. Também temia os arroubos grosseiros de algumas pessoas que “mangavam” do seu menino.  

 O menino da mãe dele se matou. Era preto e gay. Morava nessas periferias distantes ,onde as políticas públicas não alcançam e sofria, diariamente.

Cotidianamente lutava contra a apatia que o dominava.

 Todos os dias buscava reagir contra a opressão do mundo. Do preconceito que segrega, mas, agüentou até onde pôde.

O menino se matou por conta do racismo/homofobia , que feito bala com alvo determinado, mata.

O menino se matou tem  cinco meses.

Foi outro menino que me contou.

A escola abafou o caso.

Precisamos falar sobre suicídio.