Fabiana vive uma situação existencial excludente, mora, faz tempos nas ruas do abandono/marginalização, em Maceió,Alagoas. É usuária  de crack.

Fabiana, aos 25 anos, já teve 8 filhos, ou seja desde os 18 anos ( caso tenha sido um por ano),que a moça vem parindo  gente miúda, sem expectativas de futuro.

Na sexta-feira, 07 de dezembro, mais uma filha de Fabiana nasceu bem  no meio da praça.

Fabiana e o companheiro, o genitor, também dependente químico,dormiam no chão da praça, quando a bebê resolveu nascer. Ester, uma ambulante que negocia nas imediações, disse que o parto foi rápido, ouviu o grito da mãe , logo depois a bolsa estourou.Tinha pressa a menina para conhecer   o universo dantesco que mora a mãe.

Dos outros filhos de Fabiana, uns estão no interior  do Estado sendo criados por parentes, quatro foram levados pelo Conselho Tutelar e  a  penúltima filha, uma menina de 2 anos, foi  entregue a uma família.

O parto de Fabiana virou  notícia  na TV local, mas passados alguns dias já caiu no esquecimento.

E como moradora de rua, preta, invisível, vivenciando o racismo, miséria econômica e psíquica", e sem  políticas públicas especificas de saúde voltadas para essa população,Fabiana vai continuar a parir criança nesse mundo de meu Deus.

Quanta@s mais ainda?