Maria Joana Barbosa é uma prestigiada líder quilombola da Comunidade Carrasco, em Arapiraca.
Por sua dinâmica de luta foi indicada , pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos, para receber o Prêmio Tia Marcelina.
Maria Joana Barbosa é preta, portanto para a sociedade racista tem a cor da pele sob suspeição e foi com esse olhar seletivo que um funcionária da Drogasil acusou-a de furto dentro da Farmácia.
"Quando ela me abordou dizendo que roubei fiquei muito nervosa- diz Joana. Tive que jogar todos meus pertences que estavam na bolsa no chão do estabelecimento para provar que não furtei nada"- Na hora desse relato a quilombola se desmancha em lágrimas falando de racismo e constrangimento público.
E continua: Eu só dizia: Moça olhe as imagens da câmera, olhe as imagens câmeras.Nesse dia eu estava bem simples, de sandálias havaianas e fui extremamente humilhada, não só pela situação, mas, também pelos outros atendentes.. A situação foi constrangedora.
E quando a moça não encontrou nada, nem na minha bolsa, nem nas imagens da câmera eu comecei a tremer mais ainda. Ela foi lá dentro buscar um copo d’água, mas eu tremia tanto que não consegui beber- finaliza Joana,
Por ser preta, pobre e quilombola, Joana foi acusada de furto pela funcionária da Farmácia Drogasil, em Arapiraca,AL , e isso não pode ser silenciado.
Com a palavra a Drogasil.