Numa noite de sexta-feira, na entrega do Prêmio Alagoas de Direitos Humanos, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), conheci a leveza que permeia a figura do jornalista Cláudio Barcellos, ou Caco Barcellos, como é conhecido.

Tive com Caco uma conversa cheia de perguntas que debulhei, rapidamente, porque o assédio ao jornalista era grande. E foi tão bom  conversar  com um ser humano cheio de limpidez e valentia. Um cabra com  a alma gentil.

Caco traz a valentia desses profissionais que evidenciam os direitos humanos, a partir do olhar plural, coletivo, substantivo.

Profissional que  invade o universo das violências e denuncia a quebra dos direitos universais, principalmente, das gentes invisíveis e anônimas.

Caco sabe da importância de descobrir ângulos, lugares em suas acuradas  reportagens investigativas, para dar dignidade  aos invisíveis jovens mortos pelas armas do estado brasileiro, e com isso  levanta reflexões importantes sobre o racismo que mata.

Profissional referenciado mundo afora. Um profissional carregado de prêmios.

Com o que ganhou em Alagoas já coleciona nove  prêmios de Direitos Humanos.

É  também um garimpeiro de talentos jovens e daqui e dali vai descobrindo potenciais jornalistas.

Na conversa falamos em Monique Evelle, a ativista e empreendedora preta de Salvador/Bahia que fez parte do programa  e depois desligou-se.

Aproveitando a deixa da pretitude perguntei a Caco: Você nasceu na periferia de Porto Alegre. E Se você fosse preto chegaria, facilmente, aonde chegou?

Ele: - Possivelmente, não!

Uma resposta precisa e sucinta.

Antes da foto ofereci-lhe um buquê de flores que avisei ter tirado dos arranjos da festa.

Ele jogou-se em um sorriso divertido, deu-me um abraço e perguntou-me o nome.

Registramos a foto.

Foi bom conheci Caco Barcellos.