A atitude super simples de uma menina preta, anônima estudando, em seu local de trabalho, no centro da  capital Maceió, tem alvoroçado as gentes das redes sociais

É  uma criança ( temos um monte espalhadas aqui e acolá) que por força do capitalismo e racismo combinado sofre privações.  Infâncias roubadas. Crianças novas que assumem a obrigação de  ajudar no sustento da família.

E essa mesma foto  pode ter vários significados, e ser interpretada de formas diferentes por pessoas diferentes, mas há algo decisivo: Não há nada de lindo, ou poético.

Por que causa tanto alvoroço essa foto da menina estudando?

Uma foto que fala em trabalho infantil, né?

Qual a mensagem subliminar  que a foto  desperta na cabeça das gentes desse  país que massacrou  pret@s durante 388 anos  no escravismo naturalizado?  

 Fetichizar a condição de pobreza, da menina, não a fará menos pobre, ou diminuirá os sacrifícios diários.

Endeusar a condição que a pobreza impõe a infância da menina, sem discutir os pilares da estrutura da desigualdade de raça e gênero é alimentar o vácuo do nada, ou romantizar a pobreza.

E de romântica a pobreza não tem nada.

Ou tem?