Vivemos um complexo período cheio de altos e baixos, em que discussões geopolíticas põem em risco conquistas do estado de direito.
Localmente, como militante dos direitos humanos e ativista da causa negra, acompanho com certa inquietação as notícias na imprensa alagoana que falam sobre a redução da máquina pública e o enxugamento dos gastos.
E, faço uma pausa para dizer-te, Excelência que é preciso sublinhar a importância da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, como organismo vivo e representativo, no desenvolvimento sustentável do Estado..
A SEMUDH traz consigo as vozes da resistência.
Vozes de mulheres, pret@s, indígenas, população LGBTQ+I, população de rua, deficientes.
É a SEMUDH, ( mesmo que sem a estrutura imprescindível) instrumento de articulação/intervenção política, que traz em si um conjunto amplo de experiências diversas como investimento na diversidade e desconstrução das vulnerabilidades sociais de uma parcela populacional.
Afinal, o maior capital de um Estado é seu povo, o capital humano. Não é mesmo?
E diante da atual instabilidade de conceitos, concepções e caminhos políticos, a SEMUDH representa as lutas, em Palmares sob muitos tons, sons, ecos.
Um quilombo de resistência.
Cuidadosamente, escolho as palavras para solicitar-lhe Excelência, uma análise criteriosa nessa desditosa hora do uso da tesoura para o tal corte de gastos “desnecessárias”.
O desenvolvimento sustentável de um Estado tem na equidade social sua maior riqueza. Esse é o papel da SEMUDH.
Zele por ela, Excelência.
Não há mais lugar de retrocessos na pauta dos direitos humanos.