Em uma semana onde esteve ainda mais ativo nas redes sociais, o senador Renan Calheiros (MDB) comentou, nesta quinta-feira (29), a desistência da defesa dos donos da JBS na oitiva, no STF, do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no processo de anulação de uma delação da empresa. A desistência ocorreu no dia 12 deste mês.
“Semana cheia, plenário, julgamento, conversas com presidente da República, com Paulo Guedes, com ministro do STF, além da batalha contra pneumonia. Quase passa-me desapercebido o mais importante da semana: Rodrigo Janot iria depor no caso JBS. Supreendentemente, a JBS desistiu do depoimento”, escreveu o senador.
Segundo Calheiros, a OAB nunca quis investigar, mas Rodrigo Janot e sua “turma” protagonizaram acordos de delação com as mesmas características: ilegais, com gravações forjadas, “sociedade de procuradores com advogados, dinheiro na conta através de contratos bilionários, lavagem de dinheiro, legalização do dinheiro desviado pelos criminosos, imunidade penal (inclusive internacional), encomenda de citações de pessoas, multas irrisórias para pagamentos suaves em 40 anos... Tudo com prova, contrato de honorários, gravações, dinheiro na conta de escritórios, de parentes”.
O senador completou: “O Joesley, mesmo com pedido de rescisão do acordo, conseguiu pagar a multa. E o Marcelo Miller (que era o operador de todos os lados, que trabalhou para todas as partes ao mesmo tempo, cuja prisão fora pedida para inglês ver), acaba de passar em concurso de Juiz para obter foro privilegiado. Para onde vamos? Como você sabe, embora ainda exista preso condenado sem prova, com execução antecipada, eu continuo otimista”.