A derradeira gestão da Fundação Cultural Palmares, no governo de Michel, ocupou à Serra da Barriga, em Palmares arrotando fazeres e feituras. Eram projetos mirabolantes e megalomaníacos, agregados a um grupo do movimento negro alagoano.
E no apagar das luzes do governo de Michel (o esquecido), e esgotada toda verborragia, nada de nadica aconteceu, nem mesmo a inclusão na planilha de trabalho de um percentual de recursos mínimos para a celebração da ancestralidade preta, no 20 de novembro.
A gestão da Fundação Cultural Palmares fez de União uma morada entre amigos.
Cadê o grande projeto com a universidade local, tão propalado?
O tal projeto que iria mudar a realidade de União dos Palmares e etc e tal?
Cadê a licitação do restaurante da Serra (porque a União ou o Estado, ou quem quer que seja, faz vista grossas para a ilegalidade daquele “não funcionamento” do restaurante na Serra?)
Cadê as prestações de contas? Tim tim por tim tim?
Mas uma vez a história de pret@s (saberes, fazeres e ancestralidade), se transforma em negócio de palanque para as “autoridades” com discursos burocráticos, ocos de ações.
E entre a entrega de cargos, no estilo sertanejo universitário(toma que o filho é teu), bem na véspera do 20 de novembro e declarações bombásticas na mídia, pela ex-gestora palmarina sobre a gestão do patrão dão o tom melancólico e comercial das festividades.
E surge a inquietação preta inquieta: "Quando, como organização coletiva, faremos o real enfrentamento, a intervenção de luta nos acontecimentos políticos e graves que invadem o país e que ameaçam direitos. Até o nosso direito a vida?"
A celebração de pret@s, na Serra da Barriga em União dos Palmares, Alagoas berço da primeira república livre e negra das Américas, acontece como um ajeitamento mal ajambrado, tipo meia sola, só para contar histórias de gestão, tirar retratos e colocar no facebook.
Zumbi, coitado, deve ficar putíssimo cada vez que o acordam para esse oba, oba cinematográfico.