A operação Cavalo de Tróia, onde 11 suspeitos de vários crimes morreram em confronto com a polícia, em Santana do Ipanema, no dia 8 deste mês, ainda repercute em Alagoas, dentro e fora das redes sociais. Nesta terça-feira (13), os agentes de segurança pública envolvidos na ação foram parabenizados publicamente por três deputados estaduais, durante a sessão na Assembleia Legislativa (ALE).

Primeiro a falar sobre o assunto, Gilvan Barros Filho (PSD) cumprimentou os policiais que, nas palavras dele, “neutralizaram” os perigosos criminosos do convívio com a sociedade: “Cumprimento os homens que arriscaram suas vidas na troca de trios e também após a operação, pois agora são alvos dos que restam da quadrilha, expondo ainda a vida de suas famílias”.

O deputado disse ainda esperar que outras operações deste porte ocorram no Estado, para levar paz aos alagoanos.

Em aparte, Dudu Hollanda (PSD) reiterou o pronunciamento do colega: “Temos que reconhecer o trabalho desses bravos policiais. Eles enfrentaram uma quadrilha perigosa que agia em Alagoas e estados vizinhos, com todos os seus integrantes procurados pela polícia. Parabenizo e aplaudo os policiais alagoanos”.

Já Bruno Toledo (PROS), além de elogiar a ação policial, também criticou os questionamentos feitos pelo deputado federal Paulão (PT), ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, acerca da operação. Paulão solicitou informações sobre a “Cavalo de Tróia” ao Ministério Público Estadual e ao Governo do Estado.

Classificando a atuação dos policiais de “enérgica” diante de criminosos com extensas fichas corridas e que utilizavam vítimas como escudo humano, Toledo citou Paulão ao lamentar as críticas feitas por algumas autoridades, inclusive políticas, sobre a atuação dos agentes de segurança pública no episódio.

 “O que mais me espanta é que ainda tem alguns que se forjam de autoridade, alguns eleitos pelo povo, como o Paulão, que vão a púbico criticar os agentes, usam a tribuna da Câmara para fazer uma crítica sem pé nem cabeça, para fazer uma defesa a uma quadrilha, a um bando criminoso... Mas, não me espanta... Porque Paulão sempre defendeu outro bando criminoso: a quadrilha do PT”, alfinetou Toledo.

Outros políticos, como o deputado estadual licenciado João Beltrão, o dirigente do PSOL, Gustavo Pessoa, entidades ligadas à polícia e aos direitos humanos e até alguns dos próprios delegados que participaram da operação também já se envolveram na “briga” que, pelo visto, ainda não terminou.