O senador Renan Calheiros (MDB) classificou de “uma punição ao Supremo Tribunal Federal” o reajuste de 16% aprovado na semana passada, no Senado, nos salários de ministros da Corte. Durante a sessão onde o aumento foi votado, ele falou do ônus que o aumento trará aos estados, por conta do efeito cascata.

Calheiros lembrou que há uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de sua autoria, tramitando agora na Câmara dos Deputados, que desvincula os reajustes dos salários dos ministros do STF das demais autoridades que, nas palavras dele, “pegam bigu nesta cascata”.

Antes de votar favorável ao reajuste, “para não trincar as relações entre os poderes”, o senador apelou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, apoio para a aprovação PEC.

Calheiros também afirmou que seu “sim” era um crédito de absoluta confiança a Toffoli, “de quem ouvi que vai acabar com o auxílio-moradia e vai retirar outros penduricalhos”.