Em pronunciamento na Câmara nesta terça-feira (30), o deputado federal reeleito Paulão (PT) demonstrou preocupação com a violência praticada por supostos eleitores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e citou como exemplo os disparos que atingiram a placa da sede da CUT em Maceió, no domingo (28), após o resultado do pleito.

O parlamentar alagoano afirmou que irá provocar a Comissão de Direitos Humanos da Casa sobre o caso.

Paulão também relatou vários casos, a exemplo do espancamento de um aluno da Universidade Federal de Penedo, por declarar que tinha votado em Fernando Haddad (PT) e denunciou que guarnições da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Palmeira dos Índios desfilaram, na noite de domingo, com as viaturas ligadas, comemorando a vitória de Bolsonaro, utilizando carros oficiais.

“Eu tive oportunidade de falar com o governador sobre isso, e ele alegou que está sendo aberto inquérito administrativo. Isso é muito grave. Uma coisa é o resultado da urna, que eu compreendo, é por isso que eu luto pela democracia. Então, é necessário a gente ter serenidade, que o Estado Democrático de Direito seja mantido, seja respeitado, e que não possa o guarda da esquina, como disse Machado de Assis, achar que é o dono da verdade, da morte”, pontuou.

O deputado finalizou afirmando que “a democracia é feita através de votos, e não da bala”.