A filha  caçula de Patrícia morreu no sábado 20 de outubro, por conta da depressão.

Apesar de ser muito nova,a filha caçula de Patrícia tinha uma depressão antiga.

A menina se automutilava ( cortava a pele) e tentou contra  a própria vida três vezes.

E  a mãe fala: -Foi nesse momento que eu entendi porque, até no calor, ela andava de casaco. Desesperei-me. Também tenho depressão e fui atrás do psicólogo que me atendia. Marquei de levá-la, mas antes dessa primeira consulta ela tentou suicídio pela primeira vez. Fomos ver um psiquiatra em seguida- acrescenta a mãe.

É uma doença silenciosa. Por isso levei a sério desde o início, nos primeiros sinais, e a levei para tratamento psicológico e psiquiátrico.

Ela desenvolveu bipolaridade e tomava inúmeros remédios para se estabilizar. 

A depressão da caçula tem a ver com o bullying  que sofria na  escola, Ela era bissexual, mas a família a apoiava sempre.

Em maio último ela se mudou para o Rio para estudar o 8º ano no CAp da UERJ (Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), onde contava que foi muito bem recebida. Ela morava com minha filha mais velha, de 22 anos. Mas a questão é que ela não estava suportando viver e, há alguns meses, tentou suicídio pela segunda vez.

A irmã pediu para ela prometer não fazer aquilo de novo. ‘Não, não prometo’ foi a resposta.

Na terceira vez, ela conseguiu. E isso está doendo muito em nós.

Foram dois anos vivendo assim. Fiz de tudo para ela estar bem. Não me sinto culpada, mas a dor é insuportável.

Está sendo tudo muito difícil nesse momento. Agora estou me apegando a Deus para confortar meu coração e tentando ajudar outras famílias. Agora, ao pensar nela, lembro-me de um girassol. Ela adorava “a flor.”

Precisamos de políticas públicas eficazes e eficientes para prevenção do suicídio.

 

Fonte:https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2018/10/26/suicidio-jovens-uerj-adolescentes.htm