Encontrei, Viviane Andrade fonoaudióloga carioca, em um dia qualquer da semana que se findou, no bairro do Trapiche. Esperávamos o ônibus de volta a casa.
Conversa vai, conversa vem, chegamos ao ponto crucial do debate, que tem mobilizado muitas cabeças e corações A polarização da campanha política e a violação de direitos humanos ,naturalizada por um dos candidatos e aplaudida por uma multidão.
Como a conversa tinha muitas vírgulas e interrogações, marcamos um encontro para o final de semana
E o domingo cheio de sol foi um palco perfeito para o diálogo com pessoas que habitavam por ali, na mesma barraca de praia, em que estávamos.
De uma forma amigável abordamos algumas gentes para uma conversa sobre política.
E ao encontramos alguns indecisos, apresentamos nossas argumentações pró Haddad.
Um deles foi o Dú, um menino preto e falante, que se dispôs a pesquisar, cuidadosamente, sobre os dois candidatos antes de dar seu voto.
-Mas, tenha cuidado com os fake news, ou notícias falsas- alertamos.
Foi um domingo que nos trouxe a capacidade de reinventar a palavra. A palavra que desarma.
Claro que tinha o risco agregado de levar um fora , por exemplo:
-Não gosto de discutir política disse a moça de cara amarrada, ou dos hiatos-pessoas que se fizeram intransponíveis.
Mas, o que prevaleceu foi a dinâmica de falar e ouvir de uma maneira pessoal e aproximada e ao abordamos o pernambucano Ubiratan e o Fábio eles se surpreenderam, de uma forma positiva, pois, afirmaram que “nunca” tinham sido abordados nos bares de Maceió, para conversar sobre política.
-Em Pernambuco isso é muito comum, mas, aqui não. Afirmou Ubiratan.
Foi um domingo quase todo, em que eu e Viviane Duarte estivemos no corpo a corpo da campanha de Haddad, tendo a palavra como arma.
E saímos com a certeza de que deixamos algumas interrogações em mentes alheias.
E que se transformem em garantias dos direitos humanos.
Obrigada, querida Viviane Andrade pela partilha.
PS: Durante 8 horas do domingo fizemos militância persuasiva, em dois bares da capital.