O Programa Ronda do Bairro foi criado sob o Decreto Nº 57.008, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) da quarta-feira (3) de janeiro do ano corrente.
O Programa Ronda no Bairro nasceu sob o signo da humanização, aquela coisa de estabelecer diálogos sociais , principalmente com a periferia e trazia como uma das atribuições coibir os abusos de autoridade, dentre eles as truculentas abordagens policiais
O Programa Ronda do Bairro foi algo pensado para ser diferente, mas, traz uma absurda igualdade com as abordagens usuais, sob as vertentes: Coação. Intimidação. Ameaças. Foram questões bem postas em uma abordagem ocorrida , na manhã deste sábado por uma guarnição da Ronda do Bairro, em praia de Jatiúca, Maceió,AL.
Eram três jovens, que foram pegos com um cigarro de maconha. Não entrarei no mérito da apreensão, o que realmente causou incomodo foi a forma arbitrária e agressiva que o policial tratou os cabras.
Seguindo as regras, os agentes ordenaram que as pessoas a serem revistadas ficassem de costas, com as pernas afastadas e dedos entrelaçados na nuca.
Depois da revista e não encontrando nada, os agentes do estado insistiam para saber onde estava o resto do produto. Um deles ameaçou: Fala logo, senão vai começar a levar porrada agora!
Segundo a cartilha,o policial que ameaçar ou bater em alguém para obter uma confissão, está cometendo crime de tortura.
Os policiais revistaram os cabras, suas roupas, cavaram a areia no entorno, e até eu me afastar não encontraram nada. Mas, a insistência continuava.
Tinha uma policial mulher, tão truculenta quanto o homem:- Cava! Cava! Cava! gritava ela.
Depois, um policial da Polícia Litorânea que observava de longe (eram três) se aproximou apontando o dedo para os três, dizia:- Vocês são três maconheiros safados , ouviram?
Tudo isso em alto e bom som e em praça ( ou praia) pública.
Se eram culpados, o ideal seria levar para um posto policial e lá fazer averiguações necessárias.Tudo dentro da lei.
Daí fiquei pensando nos muitos meninos pretos que são abordados na periferia.
Meninos pretos que já trazem o selo de elemento suspeito.
Uma ex-integrante do Programa Ronda no Bairro, afirma: “As coisas perderam o prumo o controle. As denúncias são cotidianas, principalmente com pessoas em situação de rua.”
Todas pretas.
Fiquei pensando, Excelência Renan Filho se era essa espécie de segurança que Vossa Excelência projetou como política pública
Era?