O marido de Edvania cometeu suicídio faz um ano. E ela nunca se conformou. Como prosseguir diante de uma ausência que se faz presente todo o tempo e define as relações pelos próximos dias, meses e anos?   E quase que diariamente, a moça de 22 anos, visitava o cemitério para cuidar de sepultura do marido.

Não à toa, as pessoas deixadas para trás são chamadas de sobreviventes, e cada dia seguinte ao suicídio é uma verdadeira superação.

Edvania Calixto Leite, de 22 anos era uma sobrevivente do marido suicida.

As emoções geradas entre os sobreviventes variam. Em alguns casos, sentimento de culpa, “especialmente quando houve uma relação de dependência ou quando o suicídio ocorreu no contexto de uma dinâmica familiar alterada”, afirma o psicólogo Marco Antonio Campos, representante do Chile na Associação de Suicidologia para América Latina e Caribe.

O luto em si é um processo natural e esperado para se lidar com a morte; porém, o luto por suicídio tem características e temas específicos que precisam ser trabalhados, como os sentimentos de culpa, vergonha e a busca incessante do porquê. Pesquisas demonstram que os efeitos desse luto tendem a ser mais intensos e duradouros.

“Infelizmente os sobreviventes, muitas vezes, se sentem culpados e podem caminhar para situações graves de sofrimento e atitudes extremas”, destaca o psicanalista Roosevelt Cassorla, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e professor da Unicamp. Ele enfatiza que é muito importante que os sobreviventes também sejam ajudados.

Nesta quarta-feira, Edvania,a sobrevivente provocou a própria morte, ao lado da sepultura do marido.

Precisamos falar sobre  suicídio.

Precisamos falar dos sobreviventes do suicídio.

 

Fonte: https://www.huffpostbrasil.com/2016/09/08/a-dor-de-quem-fica-os-sobreviventes-do-suicidio_a_21697913/

Fonte:http://www.newsrondonia.com.br/noticias/suicidio+no+cemiterio+jovem+tira+a+propria+vida+no+tumulo+do+marido+que+tambem+cometeu+suicidio+ha+um+ano/115961