Quatro dias depois da divulgação dos dados do Sistema deAvaliação do Ensino Básico (Saeb/Prova Brasil) apontando o crescimento no índice de aprendizado alcançado pelos estudantes da rede pública de Alagoas, o Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta segunda-feira (3) o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que relaciona os números da Prova Brasil com as taxas de aprovação, reprovação e abandono da escola para atribuir notas à educação nos estados brasileiros.
Os números do Ideb referentes a 2017 confirmaram o salto de qualidade na Educação pública de Alagoas já apontado pelo Saeb. O Ideb, assim como a Prova Brasil, é realizado a cada dois anos. De acordo com o MEC, Alagoas é um dos três estados brasileiros a apresentar os maiores índices de crescimento na Educação entre 2015 e 2017, ao lado do Ceará e do Piauí.
Os números divulgados pelo ministro da Educação, Rossielli Soares, nesta segunda-feira, mostram que o Estado de Alagoas apresentou evolução em todos os níveis avaliados em 2017, deixando para trás as últimas posições do ranking nacional. O Estado recebeu destaque do ministro no cumprimento das metas estabelecidas pelo MEC para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, onde ficou em terceiro lugar, atrás apenas dos estados do Ceará e Minas Gerais. Nos Anos Finais, a rede pública de Alagoas ficou em 7º lugar no alcance das metas.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, onde as provas foram realizadas com os alunos do5º ano, Alagoas passou de uma nota 4,7 em 2015 para 5,2 em 2017, subindo seis posições em relação à avaliação anterior e ficando no 20º lugar. Nos Anos Finais, com a avaliação realizada entre os alunos do 9º ano, Alagoas também superou a meta do MEC e saiu de 3,5 em 2015 para 4,2 em 2017. Com esse resultado, Alagoas deixou a última posição no ranking do Ideb em 2015 e subiu sete posições, para a 19º posição.
O Ideb também apontou a evolução de Alagoas no Ensino Médio, onde nenhum estado brasileiro conseguiu alcançar a meta estabelecida pelo MEC. A nota para o Estado passou de 3,1 em 2015 para 3,5 em 2017. Nesse caso, Alagoas subiu 11 posições no ranking nacional, deixando a última posição para ocupar o 16º lugar, superando estados como Mato Grosso, Paraíba, Sergipe, Amapá, Rio Grande do Norte, Pará e Bahia.
O salto de qualidade na Educação de Alagoas em 2017 é ainda mais significativo se comparado ao Ideb de 2013, quando a nota para os Anos Iniciais ficou em 4,1, 1,1 a menos do que em 2017. Nos Anos Finais, a nota atribuída ao Estado em 2013 foi 3,1 e, no Ensino Médio, 3,0.
Municípios
O crescimento na qualidade da educação na rede pública de ensino no interior de Alagoas também é um ponto destacado no Ideb deste ano. Dos 102 municípios alagoanos, 85 atingiram a meta estabelecida pelo MEC, deixando o Estado na terceira posição no ranking nacional nesse critério.
Nos Anos Iniciais, a cidade alagoana com melhor desempenho foi Coruripe, cuja nota passou de 6,5 para 8,5. Também em Coruripe, a Escola Municipal de Educação Básica JoséWilson Melo Nascimento obteve o melhor desempenho em todo o Brasil nos Anos Iniciais, com um conceito 9,9 no Ideb 2017. Os outros municípios alagoanos com melhores desempenhos nos Anos Iniciais foram Jequiá da Praia, que havia recebido o conceito 6,8 em 2015, alcançou 7,2 em 2017, e Teotônio Vilela passou de 5,7 para 6,9.
Nos Anos Finais, Coruripe mais uma vez obteve a melhor classificação em Alagoas, aumentando sua nota de 4,4 para 6,3. Teotônio Vilela apareceu este ano com nota 5,8, saindo de 4,6 em 2015. Em seguida, Santana do Mundaú, que registrou grande evolução, de 3,3 para 5,5. No Ensino Médio, São José da Laje, com nota 4,1, Major Izidoro e Olho D’Água Grande, ambas com 4,0, tiveram os melhores desempenhos entre as escolas públicas estaduais.
Para a secretária de Estado da Educação, Laura Souza, a parceria entre o Governo do Estado e os municípios foi fundamental para o resultado positivo de Alagoas no Ideb. “Isso é fruto do trabalho articulado e de cooperação entre as redes públicas estadual e municipais, promovido por este governo a partir de estratégias e programas como o Escola 10. O programa inédito de fortalecimento do regime de colaboração com os municípios foi criado para garantir a alfabetização na idade certa e os direitos de aprendizagem dos estudantes das redes públicas, melhorando a qualidade do ensino”, observou.
"Uma das principais estratégias deste programa é o acompanhamento pedagógico de todas as escolas públicas municipais e estaduais. Dentro do Escola 10, a Seduc pactuou metas com os 102 municípios e com todas as escolas da rede estadual e desenvolveu estratégias para apoiá-losna buscapor essas metas, tais como a realização de duas edições da Prova Alagoas, fornecimento de material didático complementar além da designação detrês mil articuladores de ensino para atuar em todas as escolas das redes públicas municipais e Estadual. Foram investidos mais de R$ 30 milhões sónesse programa”, ressaltou a secretária.