O deputado federal Paulão (PT) confirmou que, até o momento, está mantido o plano "A", com a candidatura do ex-presidente Lula (PT) à presidência da República. A ideia, segundo ele, é recorrer a todas as instâncias possíveis jurídicas no país e até a mecanismos internacionais na tentativa de manter a candidatura.
“Amanhã pode mudar, mas tem que ser uma decisão do partido e principalmente do próprio Lula. Antes de qualquer decisão, ele (Fernando Haddad) vai escutar o Lula, só a partir daí a gente pode tomar encaminhamento. Eu avalio que continua o plano A... Se houver mudanças, ele (Lula) vai participar dessa autorização”, destacou Paulão.
Em entrevista ao Blog neste domingo (02), antes da coletiva concedida pelo candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT), em Maceió, o deputado federal classificou a decisão do TSE de “política”, lembrando que a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de liberar o registro de candidatura do ex-presidente tem paridade constitucional, já que o Brasil subscreveu vários dos tratados da entidade.
O parlamentar também criticou a proibição das visitas ao ex-presidente por correligionários, na carceragem da PF, em Curitiba e lembrou que, mesmo tendo presidido a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, também teve negado o direito a visitar Lula na cadeia.
“Para você ter uma ideia, quando Lula era sindicalista e foi preso, o senador Teotonio Vilela, o pai do ex-governador, o visitou, em pleito período ditatorial. E hoje, no período que a gente chama pós-democrático, acontece isso... Isso é muito grave pra o estado democrático de direito. Votar ou não no Lula não é a questão maior. A gente quer que ele tenha oportunidade de ser candidato e o povo vote ou não... O que não pode é ter um processo da ditadura de ‘toga-midiática’ evitando que ele seja candidato”, concluiu.