Segundo representantes da religião de matriz africana do estado do Rio de Janeiro, de forma abusiva e arbitrária o candidato ao Senado, o deputado federal Miro Teixeira barrou a candidatura na disputa eleitoral do Ogan Marcelo Monteiro, ao Senado pela coligação “A Força que vem do Povo” (PODE, REDE, PR e PPL) e o vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM) impediu a candidatura do Babalaô Ivanir dos Santos (PPS).
Os representantes afirmam, ainda, que Miro quer ser o único candidato da coligação, que comanda composta da REDE, PODEMOS E PPL .
O impedimento causou revolta entre membros de diversas representações negras, dentre eles, dos Povos Tradicionais de Matrizes Africanas – (Brasil), que se posicionaram:
“Apesar de não encontrar uma explicação plausível, gostaríamos de salientar que, numa jogada autoritária, o também candidato ao senado Miro Teixeira – de olho nos currais eleitorais das igrejas, que podem elegê-lo com folga – impediu que o Ogan Marcelo pleiteasse sua candidatura para disputar uma das vagas ao Senado nas próximas eleições. A pré-candidatura ao Senado havia sido deferida pelo Partido Pátria Livre este ano, e vinha crescendo em todas as regiões do Estado do Rio de Janeiro.”
Segundo o Babalaô Ivanir dos Santos: “César Maia (DEM) acha que disputa o segundo voto de Flávio Bolsonaro com Arolde de Oliveira e Chico Alencar e o Ivanir receberia o segundo voto de Chico e toda esquerda.
Para eliminar essa possibilidade, eles resolveram lançar Aspásia Camargo, com poucas chances de vitória o que garantiria a eleição dele. "Precisamos denunciar este tipo de crime contra a democracia e lutar para que as minorias sejam representadas na política", declarou Ivanir indignado.
E os Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, questionam: “A quem interessa impedir que um representante dos terreiros de Candomblé do país inteiro seja candidato? Esta é a pergunta que devemos nos fazer para todos os setores da sociedade, comprometidos com a defesa dos Direitos das minorias e das classes populares. Exigimos respeito. Este não é o tratamento que os partidos políticos que nos querem como seus quadros devem"
O Fórum como repúdio , lançou uma Carta aberta aos Povos Tradicionais e aos Defensores dos Direitos Humanos – Brasil e América Latina