A advogada soteropolitana em causas de direitos humanos, Bruna Lopes, conta nque foi vitima de racismo em hotel de Belo Horizonte. A advogada protocolou a denúncia na Ouvidoria Nacional e no disk 100.
Abaixo o que diz Bruna:
"Estou hospedada, a trabalho, no hotel Normandy que fica na rua Tamois,212. Fiz check-in no hotel,no fim da tarde do dia 18/07. À noite sai com uns amigos. Ao retornar, às 2h da manhã ao hotel, os funcionários tiveram resistência em me deixar entrar, mesmo eu me identificando como hóspede e mostrando o cartão de acesso ao quarto. O porteiro me tratou de maneira chula e disse que eu teria que revalidar o cartão. Na hora questionei,porque eu tinha feito checkin há poucas horas. O recepcionista então recebeu o meu cartão e disse “é está válido mesmo”. Confirmando que eu era hóspede do hotel. Recebi um tratamento chulo é grosseiro, talvez, porque eu não tivesse o perfil ou o fenótipo que o hotel espera para os seus hóspedes. Fico imaginando se estivesse sem o cartão-chave do quarto, o que poderia acontecer comigo na madrugada numa cidade estranha. Formalizei a reclamação com o gerente-geral do hotel, Sr Iuri, que reconheceu o erro, pediu mil desculpas e que eu relevasse a situação que me daria descontos e que estenderia minha diária. Disse a ele que trabalho viajando e nunca passei por isso dentro, nem fora do país em qualquer hotel. E o questionei se todos os hóspedes que saíram à noite passaram por esse tratamento. Ele concordou que, com certeza, ninguém passou por isso. Minhas colegas de trabalho, brancas, que chegaram antes de mim adentraram o hotel tranquilamente e sem precisar de qualquer identificação, ou condição especial para subir para o quarto. Peço seu apoio para registrar esse caso de constrangimento e DISCRIMINAÇÃO RACIAL, pois quero dar o devido trato judicial que o fato exige. Não podemos deixar que o nosso povo continue tendo direitos violados, por esse câncer que é o racismo"