Na tarde da terça-feira, 10/07, a coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros esteve reunida com Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva.

Com o objetivo de discutir a conjuntura das questões raciais no Estado, o momento atual e critico que atravessa a questão dos direitos humanos, as políticas de superação do racismo e da intolerância religiosa,como também ações em parceria,

"E é esse diálogo participativo que a SEMUDH quer consolidar com todos os movimentos sociais, pois é a partir deles que esta secretaria, pautada no estado democrático de direito, o respeito aos direitos humanos  pretende consolidar políticas públicas voltados para a população em situação de vulnerabilidade. A troca de informações e a expertise dos movimentos socais, como o Instituto Raízes de Áfricas é uma parceria que nos interessa muito", afirmou a  Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva.

Diversos assuntos foram postos à mesa  e dentre os diversos pontos discutidos dois despertaram o interesse da Secretária, um deles foi a necessária assinatura, pelo Governo do Estado, do Fundo Estadual para a Promoção da Igualdade Racial, uma iniciativa  do Instituto Raízes de Áfricas, com o apoio importantíssimo da SEFAZ, ,como também a questão das mortes da juventude negra.

"As políticas para a igualdade racial estão estagnadas. Já estamos na metade do ano e praticamente nenhuma ação ou discussão foi realizada, institucionalmente. A morte dos jovens negros é assunto que ninguém quer tratar ,e o CONEPIR acéfalo, não traz contribuição alguma para o processo"- disse Arísia Barros.

urgente  que haja uma  ressignificação desses  últimos três anos de omissão e silenciamento em ações concretas, e o Instituto Raízes de Áfricas, que  já tem uma trajetória de cerca de 10 anos, dentro destas perspectivas de discutir as leis e as relações étnico-raciais, visando  potencializá-las  dentro dos espaços dos governos se coloca a disposição"- reafirmou a coordenadora.

É importante a compreensão do quão é necessário que esses temas sejam discutidos, não somente, o racismo social, como também e principalmente o racismo institucional. Eu sou uma mulher negra, moradora do Vergel e tenho verdadeiro interesse em tratar dessas questões.Sabemos que cargo de secretária é um lugar de passagem, mas enquanto estivermos  aqui vamos ocupá-lo de forma proativa. E esperamos que esse  processo seja  significativo e colaborativo de debate e compreensão com os movimentos sociais’, acrescentou Maria.

Presente a reunião, o advogado Mirabel Alves interveio em vários momentos com pontuações relevantes.