Durante a sessão, na semana passada, onde foi aprovado, na Câmara dos Deputados, o texto-base do projeto de lei 10332/18, que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras, os deputados federais alagoanos Paulão (PT) e Ronaldo Lessa (PDT) criticaram duramente a proposta, de origem do Governo Federal.

Para Paulão, o presidente Michel Temer (MDB) capitaneia um governo “lesa-pátria”, que não se conformou com a decisão da Câmara de arquivar a Medida Provisória 841/2017, que inclui no Plano Nacional de Desestatização (PND), o Sistema Eletrobras e suas subsidiárias, como a Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf), “e tem que pagar a nota promissória da entrega, a qualquer custo, do setor elétrico por inteiro ou de parcela dele, como as distribuidoras”.

O petista apresentou algumas emendas ao PL, como a que tira as distribuidoras do PND e permite que elas continuem operando; a que dispõe sobre a realocação dos funcionários em outras estatais; e a que estabelece garantia de emprego aos empregados das estatais.

Ronaldo Lessa também criticou a proposta e disse que a tese da privatização está “desmoralizada”: “O governo está privatizando tudo, mas quem está comprando são as estatais de outros países... Ficou claro que setor estratégicos de um País que quer ter planejamento, que ser Pátria e ter projeto para o seu povo, não pode fazer o que está fazendo o governo Temer. Não pode”