A filha dela tinha 16 anos. A filha dela era sua menina. Além da adolescente tem outro filho de 7 anos.
Um dia a menina dela chegou em casa e provocou a própria morte. Era só uma menina- ela repete com alma em frangalhos e os olhos lacrimejantes.
Com a voz trêmula continua:- É como se eu tivesse feito um aborto de uma filha já grande, mas era ela que não queria viver nesse mundo. Eu perdi mais da metade de mim. E quem perde um filho assim fica se perguntando dos erros. Onde foi que eu errei? Porque eu não percebi os sinais?- fico me culpando e quase enlouquecendo. O irmão toda hora pergunta por ela.
O suicídio da minha filha matou toda família e não vejo nenhum órgão do Governo do Estado se mobilizando para prevenir outros casos. E também a ajudar as famílias, porque desde que enterramos nossos filhos ficamos com uma cova aberta em nossos corações. De dor, muita dor.O Governo não está ligando para as mortes de nossas crianças- sintetizou a mãe da filha que se matou.
É o depoimento de uma mãe e sua dor. Uma dor anônima pelo sentimento da culpa e vergonha. A mãe não quis se identificar.
Conforme o blog vem acompanhando as estatísticas informam que em Alagoas o número dos suicídios cresce vertiginosamente, como uma epidemia que ninguém quer ver e o Governo faz de conta que não é com ele.
Excelência Renan Filho, suicídio é problema de Saúde Pública.
É hora de agir, Excelência Renan Filho.
É hora de agir.