Historicamente a mulher foi sempre alvo de grandes delimitações. Desde pequenas somos treinadas a não expressarmos nossos sentimentos . Silenciadas e segregadas, somos conduzidas a uma masmorra de mudez e constante supressão das nossas vontades.
Com os avanços no que concerne a discussão de gênero presentes na última década, podemos despertar em nós a consciência e fortalecemos o debate que nos permitiu uma adoção de novos comportamentos.
Eis então que surge uma mulher empoderada (embora na maioria das vezes seja também uma mulher traumatizada): Uma mulher que enxerga todas as amarras que a retém, que entende que não precisa mais andar de cabeça curvada, que argumenta, que muito pouco espera o príncipe encantado do conto de fadas. Uma mulher que se basta financeira e emocionalmente.
A sociedade ainda não está preparada para lidar com uma mulher que mantém dedo em riste e uma língua que pretexta. E até chegar a este ponto de reafirmação, o processo é doloroso e muitas vezes solitário.
A famosa solidão da mulher que briga faz com que assuste e afaste homens inseguros por natureza, amigos, parentes e amores. No entanto, este afastamento se dá somente em relações superficiais e controladoras.
Amores de verdade ficarão e serão capazes de amar cada milímetro da coragem desta mulher que nada e quebra correntes. Homens se aproximarão com a certeza de que ficarão ao seu lado puramente por amor e que foram escolhidos por seu caráter, jamais por quaisquer outro motivo. Surgirá também uma rede de apoio que aprenderá a respeitar o destemor, a audácia e a valentia dela.
Porque uma mulher empoderada põe muito medo mas também faz brotar flores de toda a maneira em quem está no seu entorno. Siga caminhando!