Em meio à disparada de preços dos combustíveis e à greve dos caminhoneiros, que já reflete no desabastecimento em vários pontos do País, o senador Renan Calheiros (MDB) repercutiu, durante sessão no Senado na terça-feira, 22, a informação de que o Governo Federal estaria “chantageando” o Congresso Nacional para trocar a redução do preço dos combustíveis por aumento de impostos.
Calheiros citou que leu na coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1, que um dos itens relacionados à chantagem para abaixar o preço da gasolina é a reoneração da folha de pagamento.
“Nós já temos, no Brasil, 13,7 milhões de desempregados. Reonerar a folha das empresas, neste momento, significa ainda mais demissão; significa que esse desemprego ainda vai aumentar mais. Isso é um absurdo!”, criticou o senador, acerca da "ideia de jerico".
Calheiros também comentou sobre o anúncio de que o Congresso fará uma comissão geral para discutir com a Petrobras mecanismos para reduzir o preço da gasolina: “O Congresso Nacional tem que fazer uma intervenção no bom sentido; não pode esperar comissão geral, nada... Comissão geral é conversa fiada, não vai a lugar nenhum –, e não pode aceitar a chantagem do Governo de querer reduzir o preço da gasolina em troca do aumento de impostos, especialmente da reoneração da folha”.
Ele sugeriu que, ao invés de participar da tal comissão geral, o Senado vote, com urgência, um novo critério de preços para a Petrobras.
E, por fim, creditou à crise atual ao ex-ministro da Fazenda – e pré-candidato à presidência – Henrique Meirelles (MDB): “É o ministro da Fazenda o comandante de tudo que acontece nas estatais, principalmente na Petrobras”.