Ao anunciar a pré-candidatura a uma das 27 cadeiras da Casa de Tavares Bastos, Luiz Alberto Alves Teixeira, o cabo Bebeto (PSL), da Polícia Militar, criticou o lançamento de um único candidato "oficial" para representar os policiais e bombeiros militares do Estado no pleito de outubro próximo.

 

Em conversa com o Blog, ele questionou a lisura da pesquisa - onde ficou em segundo lugar e o sargento Marcos Ramalho, do Corpo de Bombeiros (CBMAL), foi escolhido para representar os militares no processo eleitoral - e disse não aceitar a imposição.

 

“Porque os reformados não foram ouvidos? O sargento Ramalho foi o primeiro nome da lista da pesquisa, qual o critério? Não foi ordem alfabética, nem antiguidade. Porque não houve divulgação do cronograma e como as unidades a serem visitadas foram escolhidas?”, questionou, entre outros pontos.

 

Lembrando que, desde o começo, discordou da dinâmica da consulta, considerada tendenciosa por ele, o militar destacou que, embora tenha sido dito – nas reuniões que antecederam a realização da pesquisa – que os presidentes das associações não seriam candidatos – Marcos Ramalho está à frente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL).

 

O pré-candidato contou também acerca de relatos de policiais militares sobre divergências entre o resultado real do questionário e o resultado apresentado e o número de dias transcorridos entre a conclusão da pesquisa e a divulgação das respostas.

 

O cabo Bebeto colocou em xeque ainda a credibilidade do nome escolhido para representar a tropa, já que, segundo ele, o sargento do CBMAL é o candidato do governo.

 

Por fim, anunciou que, além dele – que entra na disputa com o apoio do presidencial Jair Bolsonaro - pelo menos outros quatro militares devem brigar por espaço com Ramalho, implodindo o “consenso” que nunca existiu.