Tinha por Clara Nunes um amor incondicional de fã. Quando a conheci pessoalmente, em um show no extinto Clube Portuguesa, centro de Maceió,AL, tinha eu 15 anos.
E enquanto todo mundo se remexia ao som da música fiquei lá parada, feito estátua, olhando-a nos olhos, capturando cada imagem que pudesse guardar, saboreando a música vinda direto para o coração, embevecida por ter Clara ali tão perto.
E mesmo o salão abarrotado de gente,Clara sentiu minha emoção, saiu do palco e ofereceu-me uma rosa vermelha. Guardei essa rosa por tempos inteiros, hoje não sei mais onde anda.
Quando morreu Clara Nunes, meu coração se partiu em mil pedaços.
Hoje faz trinta e cinco anos que ela se foi e que saudades que tant@s de nós trazemos.
E que saudade de Clara cantando:" o mar serenou quando ela pisou na areia... "
E o carioca Vagner Fernandes escritor, jornalista, pesquisador afirma que: "Clara Nunes foi personagem de fundamental importância para a compreensão do processo evolutivo da música brasileira, por cuja obra e trajetória tenho verdadeira paixão. Não foi sambista apenas, como erroneamente alguns assinalam, muito mais por desinformação do que por uma suposta intenção de caráter reducionista, uma tentativa de destacá-la como intérprete de um só gênero. Clara foi, de fato, uma das maiores artistas de todos os tempos da MPB. Cantou Chico, Tom, Luiz Gonzaga, Caetano, Dorival, Antonio Maria, Dolores, mas ganhou o mercado e conquistou o público com seus registros magistrais de obras de Candeia, Toninho Nascimento e Romildo, João Bosco, Dori, Paulinho da Viola e Paulo César Pinheiro, com quem foi casada de 1974 até a morte, em 1983. Gravou 16 discos em 17 anos de vida profissional intensa (de 1966 a 1983)."
Salve Clara, a tal mineira!