O Ayê-Diálogo Preto: "Entre os Saberes e os Fazeres na Implementação das Políticas para a Igualdade Racial” idealizado pelo Instituto Raízes de Áfricas com apoio do Ministério Público, na pessoa do procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, aconteceu na manhã da quinta-feira (22), no prédio-sede do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL).

A ação que buscou  reafirmar  o quilombismo como  um  um esforço conjunto  dos negros, com vistas a assegurar,a partir da efetivação das políticas afirmativas que possibilitem o desenvolvimento  sustentável para esta população.

Da mesa de honra participaram  a acoordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros, Almir Crescêncio, chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, o promotor de justiça José Antônio Malta Marques, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop),Ivaldo Silva, promotor da cidade de Cacimbinhas e o promotor de justiça Flávio Gomes da Costa, presidente da Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal). 

 O Ayê -Diálogo Preto reuniu 40 promotor@s de justiça da capital e interior do estado e movimentos  sociais .

O evento contou ainda com palestras da jornalista e mestranda da USP Maitê Freitas, de Maria Bernadete Lopes, psicóloga e especialista em comunidades tradicionais do estado de Pernambuco, cientista social da Ufal Carlos Martins, da atriz Kenia Maria e a professora, publicitária e coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros que falaram, respectivamente, sobre ‘Direito à memória”, Direitos da População Quilombola”, “A construção de um pensamento de segurança pública no Brasil”,  “Vidas negras” e Militância como direito. 

Os promotor@s escutaram atentamente as demandas dos palestrantes e propuseram iniciativas que possibilitem a paridade de espaço e oportunidades para brancos e negros em Alagoas.

Bruno Batista, promotor de Boca da Mata propôs uma interiorização das ações que discutem o racismo e suas conseqüências.

 As demandas perpassaram por áreas como segurança pública, saúde, racismo institucional, efetiva implantação das Leis Federais 10.639 de 2003 e Lei Estadual 6.8141de 2007 (ensino obrigatório das matérias de cultura e história africanas, afro-brasileiras), ações articuladas para tratar o assunto, e direitos fundamentais negados, entre outras.

Segundo Arísia Barros, a realização do Ayê -Diálogo Preto  só foi possível porque o Instituto Raízes de África tem tido um bom diálogo com o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar. Ele tem entendido que é preciso abrir espaços, a exemplo desse aqui no com o Ministério Público, para que pontes sejam consolidadas.

"E como sabemos que cor não define caráter e competência de ninguém, defendemos que discussão exista sempre, e alguns dos caminhos para a transformação social que buscamos são a educação e as parcerias com os movimentos que trabalham no combate ao racismo”, complementou  o chefe do MPE/AL, Alfredo Gaspar. 

*Com informações do MPE