A representatividade tem sido o forte e o fio condutor ultimamente dos filmes de super-heróis. Foi assim com Mulher-Maravilha e agora com Pantera Negra, que pode ser tranquilamente considerado por muitos o melhor filme da Marvel até o momento.
Ryan Coogler, o mesmo diretor de Creed, repetiu a fórmula apresentada no longa do Rocky e de Adonis e proporcionou momentos incríveis em Pantera Negra. Os jogos de câmera do diretor, os ângulos das lutas e as cenas bem dirigidas proporcionaram ao herói de Wakanda o filme que ele merecia.
Unanimidade em Capitão América: Guerra Civil, Chadwick Boseman (T’Challa) melhora ainda mais seu desempenho como Pantera e se torna um dos queridinhos do universo expandido da editora. O elenco invejável possui química, com destaque a Letitia Wright (Shuri), irmã de T’Challa, alívio cômico nas horas exatas e que aparentou ser uma atriz bem madura.
A liberdade proporcionada pelos engravatados da Marvel à equipe de produção aliviou a pressão em expandir o universo e criou-se um dos melhores filmes da editora, ao qual nem parece ser um filme dela. Poucos erros como o mal aproveitamento do vilão Garra Sônica, interpretado pelo talentosíssimo Andy Serkis, e as cenas pós-créditos nada agradáveis (apesar da mensagem forte) foram bem evidentes.
Pantera Negra é redondinho e traz a representatividade da comunidade negra de forma séria, sem deixar de lado o fantástico. Este sim é o tipo de filme que vale à pena assistir mais de uma vez.