Ele confecciona flores primorosas. Flores paridas do descarte das árvores.
Descartes recolhidos nesse grande espaço da rua que é a casa de tantas gentes. Luciano dá forma, cor e vida a elementos mortos.
A arte me mantém vivo- afirma ele e por isso quero dividir isso, com outr@s morador@s de rua, como um salvo conduto para liberdade.
"Eu tenho um histórico de vivência nas ruas. Eu tenho um histórico de ser usuário de drogas, mas ao me deparar com as possibilidades que a natureza oferece de reinvenção, sinto uma urgência de mudar. Vi na possibilidade de reinventar outras vidas a partir de folhas mortas, uma oportunidade ,de também me reinventar. Ser outra pessoa."
Luciano Morais é um artista das ruas, mas, também é design de sobrancelhas, corta cabelos, faz massagens relaxantes, enfim, é uma pessoa polivalente na arte da sobrevivência.
E apesar de tantas habilidades adquiridas em cursos formais, Luciano Morais, vive na informalidade, porque o preconceito social o vê, bem antes da sua arte.
Luciano ministrou oficina Flor da Rua, iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas, visando plantar sementes de consciência,a partir da geração de emprego e renda, na Ação Cidadã promovida pela Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), em parceria com entidades e órgãos públicos, nessa sexta-feira (26), na Praça Dom Pedro II, centro de Maceió.
Não quero usar minha condição de vida para causar compaixão. Quero que as pessoas me valorizem pela arte que faço- disse o artista de rua, Luciano Morais.