Na segunda-feira, 27, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram as forças-tarefas relacionadas à operação Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo divulgaram uma carta intitulada de "Carta do Rio de Janeiro" que reforça a necessidade do aperfeiçoamento da legislação no combate à corrupção. 

O recado é claro e serve, principalmente, de alerta para quem tem o Poder de mudar essa realidade política em 2018: o eleitor!

Pegando um gancho nesse quesito eleitor e corrupção, a ex-senadora e ex-vereadora por Maceió, Heloísa Helena (REDE), divulgou um vídeo nas redes sociais falando - justamente - sobre o processo eleitoral que corroe a vontade das pessoas do interior.

Em entrevista à imprensa, HH também afirmou que tem muita gente que se diz esclarecida, sabe o que está fazendo e mesmo assim vota na bandidagem.

"Fico muito triste e muitas vezes indignadas. Essas coisas são extremamentes deseducativas quando os que ganham o processo eleitoral estão envolvidos em crimes contra administração pública. Isso é a pior das impunidades! A pior das impunidades é das urnas. É quando a grande maioria de um povo, na forma livre e nas urnas, vota nessa bandidagem. Eu sei que tem muita pressão. Eu sei que tem muito dinheiro. Essa máquina de moer gente, sonhos e dignidades que muitas vezes é o processo eleitoral. Muitas vezes a pressão gigantesca e o medo corroendo a vontade das pessoas do interior. Mas também tem muita gente que se diz esclarecida, sabe o que está fazendo e mesmo assim vota na bandidagem", explicou HH na entrevista. (Ouça o áudio completo logo abaixo!)

"Carta do Rio de Janeiro"

Por outro lado, a carta divulgada pelos membros das Forças Tarefas da Lava Jato reforçam a tese de que a corrupção no Brasil está bastante disseminada no modo de funcionamento do sistema político nas esferas federal, estadual e municipal, assim como, o dinheiro dessa parte corruptiva que enriquece criminosos e financia campanhas, o que deturpa a democracia, gera ineficiência econômica, acirra a desigualdade e empobrece a prestação de serviços públicos.

"Se a luta contra a Corrupção depende essencialmente do Congresso, é preciso que a sociedade continue atenta aos movimentos dos atuais parlamentares, manifestando-se contra qualquer tentativa de dificultar ou impedir as investigações criminais de pessoas poderosas. Por fim, é crucial que em 2018 cada eleitor escolha cuidadosamente, dentre os diversos setores de nossa sociedade, apenas deputados e senadores com passado limpo, comprometidos com os valores democráticos e republicanos e que apoiem efetivamente a agenda anticorrupção. Olhando o passado, não podemos descuidar do futuro", assinam os membros do MPF-PRRJ. 

Já o procurador Deltan Dallagol atentou para um fato corriqueiro e que é de grande atenção em pleitos eleitorais de todo país. Dallagnol disse que o combate aos maus políticos e contra corrupção não depende apenas do MPF, mas do eleitor que tem o papel fundamental em 2018. 

"2018 é a batalha final da LavaJato porque as eleições determinarão o futuro da luta contra corrupção no nosso país. É a eleição de deputados federais e senadores que determinará se existirão retrocessos ou não na luta contra a corrupção. E se existirão rformas e avanços que possam trazer um país mais justo com índices - efetivamente - menores de corrupção e impunidade", concluiu Deltan Dallagol. 

Por fim, só nós (eu, você e o eleitor) temos o Poder de mudar esta realidade no próximo ano. Lembre-se que o título de eleitor é a arma do cidadão em 2018. 

Portanto, a decisão é sua (eleitor) cidadão. 

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Com informações do MP/PRRJ