Se tem uma situação que o governador Renan Filho (PMDB) tem trabalhado em suas relações com os prefeitos - em ano pré-eleitoral (que fique claro!) - é saber agradar, principalmente, os que eram (ou são?) adversários políticos.
Pensando em 2018, óbvio, e querendo atrair um grande número de aliados para fortalecer sua reeleição no próximo ano, o chefe do Estado de Alagoas não perde tempo ao ir nos municípios em que saiu derrotado no pleito de 2016.
Fazendo o retorno para rever aliados e atrair os novos "amigos" da política, RF mostrou que quem é do Palácio República dos Palmares não deve se importar com os acordos que ele - o governador - faz ter ao lado no grupo palaciano alguns desejáveis prefeitos.
Isso ficou claro no último final de semana, na 8ª edição do Governo Presente, ocorrida no alto sertão alagoano. Renan Filho deu um "banho" de ações governamentais (saúde, infraestrutura, segurança e outras) para agradar os gestores.
Com essa atitude meramente politica e arquitetada, RF consegue - de certa forma - inserir até prefeitos no próprio PMDB.
Por quê?
Quem (leia-se os prefeitos, vereadores e lideranças), diante de tantas benesses levadas para melhorar a vida da população do município, vai dizer NÃO ao governador?
É dessa maneira que - nos últimos dias - o PMDB ganhou mais dois prefeitos aliados do governador.
Paula Santa Rosa, em Belém, e Henrique Vilela, de Porto de Pedras, ambos antes do PSDB.
Santa Rosa, que derrotou o ex-prefeito de Inhapí, o Bel, irmão de Celso Luiz e um aliado de RF, foi pega para ir ao PMDB após o Governo de Alagoas asfaltar a cidade, perfurar poços artesianos e levar grandes obras ao município. Sem dúvidas, me disse um Santa Rosista, a prefeita não poderia dizer "não ao governador que investe em Belém."
Tudo bem! Pula para o PMDB.
Já Vilela, no litoral norte, além de receber o apoio do Governo do Estado, andava insatisfeito com póprio parente e deputado federal, Pedro Vilela, que, em seu pleno mandato na capital federal, pouco "se importa' em levar recursos para Porto de Pedras. Aliás, levou, contudo, bem menos que outros colegas da bancada federal.
Nesse vazio de apoio político familiar, todavia, RF foi e conquistou o gestor do norte.
Portanto, o governador entende que sua reeleição depende de um número maior de apoios nos municípios alagoanos. Com isso, tem feito o que pode - à frente do mandato - para não deixar espaços abertos ou brechas que entrem os adversários.
O PSDB, dos Vilelas e agora do prefeito Rui Palmeira (PSDB), é um alvo de ganho político para Renan Filho que - se não houver sinal de alerta - vai ficando cada dia 'pequeno' em Alagoas.
Já Renan Calheiros Filho, claramente, faz o jogo de xadrez correto para 2018. Quer sua reeleição garantida!
É o jogo sendo jogado - em tempo - para não perder o tempo/momento.
Política é política!
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